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Perdendo o controle das coisas

Photo via Negative Space
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Semana passada deveria ter escrito um texto aqui para vocês, e ontem do mesmo jeito. Não! Não foi por falta de tempo (difícil admitir esse fato), nem por falta de conteúdo (tenho um caderno no Evernote só com ideias de novos textos), mas por falta de organização.

Todo início do ano começamos com inúmeras resoluções e desejos para fazer um ano diferente, melhor e mais interessante, mas esquecemos que desejar não é suficiente. É necessário estar disposto a mudar certos hábitos e ter muita organização (no mínimo do seu próprio tempo) para poder realizar tudo isso.

Há alguns meses atrás percebi que estava começando a perder o controle das coisas em que estava envolvido. Nada muito grave, mas vez ou outra uma atividade era esquecida no meio da avalanche de tantas outras, e isso começou a me preocupar com o futuro. Visualizei minha vida alguns meses mais à frente e percebi que havia enormes chances de tudo piorar. Mesmo assim, dei início a outros projetos (como escrever aqui para o Midiadrops e postar vídeos quinzenais no YouTube).

No entanto, ao perceber essa tendência de perda total do controle das minhas atividades, decidi parar e agir para resolver. E o principal problema que eu tinha era: sozinho não consigo fazer tudo que preciso.

Com pouco mais de 2 anos de empresa, ainda fazia boa parte do trabalho sozinho na gestão de tudo o que vocês imaginarem, desde o lado mais estratégico (planejamento e parcerias) até o mais operacional (limpeza do escritório).

Não sei de onde eu tirava tanta energia (e ainda tiro) para dar conta de tudo o que tinha pra fazer. Lógico, que algumas das atividades mais operacionais eu obtive grande ajuda dos meus pais e minha adorável irmã. Tínhamos, por exemplo, uma rotina de ir todo Sábado pela manhã ao Tot fazer a limpeza da casa inteira e aos Domingos fazíamos a mesma coisa com a nossa casa.

Quando a situação financeira da empresa melhorou e eu estava começando a perder o controle das minhas atividades, decidimos contratar uma faxineira (que carinhosamente chamamos de “fada madrinha”, já que trouxe uma mega ajuda ao nosso dia-a-dia). E essa foi uma das melhores decisões que tivemos na vida.

Tudo ficou diferente. Pude desenvolver os projetos que estavam parados, nossos clientes se sentiam melhor e eu consegui aliviar um enorme peso que estava em cima de mim. A empresa foi crescendo ao longo dos meses de uma forma que eu não imaginava e grande parte disso foi em virtude de ter deixado de me preocupar com certas atividades.

“Não contrate alguém por prazer, mas para aliviar a dor. […] A hora certa de contratar é depois de passar um período prolongado de tempo com mais trabalho a fazer do que o de que você dá conta.” (Reinvente sua empresa – Fried, Jason)

Percebi que essa frase do Jason Fried retratava exatamente a minha situação: tinha mais coisas para fazer do que podia dar conta. E isso era ótimo! Ótimo porque mostrava que as coisas estavam evoluindo, que tinham projetos novos surgindo e que tinham pessoas novas precisando dos meus serviços. Mas ao mesmo tempo era péssimo! Péssimo, porque a qualidade do meu trabalho estava começando a apontar falhas, que 24h em um dia não eram suficientes para mim e que dormir por 4h não estava sendo saudável para meu corpo.

Recentemente percebi que estava voltando a esse momento. Por isso, nas últimas 4 semanas estive realizando um processo para agregar novas mentes à equipe. Foram períodos intensos de muita reflexão sobre o tipo de pessoas queríamos junto de nós, afinal de contas, íamos ter que trabalhar em conjunto diariamente para fazer as coisas se desenvolverem ainda mais.

A experiência foi ótima. Muito melhor do que imaginávamos e com resultados mais do que satisfatórios. Agora posso dizer que as coisas estão voltando ao seu controle normal e o melhor: consigo dar um salto com o Tot maior do que podia antes. A conta é simples: se com um par de mãos conseguimos um resultado X, com 4 pares mãos conseguimos 4X.

Resumindo, às vezes o que falta para conseguirmos fazer tudo o que temos e queremos fazer é um pouco de organização. Sem isso, a vida e os negócios perderão o controle, e o crescimento se tornará um sonho impossível de ser concretizado.

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Ready… Set… Go! É Hora de agir

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Imagem de Jordan McQueen

O que falar desse ano que mal começou e já considero pacas? São tantos projetos e ideias que tive nesse curtíssimo espaço de tempo que dá até a impressão de que minha mente esteve adormecida nos últimos anos.

Mas como dizem os grandes mentores: de nada adianta ter sonhos, ideias e projetos se nada for realizado.

Esse ano tive a coragem (ou vergonha na cara — como queriam chamar) de dar o pontapé inicial em várias coisas que estavam na minha mente. Algumas que surgiram há poucos dias e outras que estavam na “gaveta das ideias” há anos. Simplesmente coloquei em prática o mantra da Perestroika: Vai lá e faz.

Como um bom administrador formado eu deveria mais do que nunca “abominar” esse tipo de pensamento, afinal de contas, nada deve ser feito sem um bom planejamento.

Mas, o meu lado empreendedor fala mais alto, e não consigo ficar muito tempo com algo na cabeça. Tenho que partir pra ação.

O próprio Tiago Mattos, mente por trás da Perestroika, disse em seu livro (VLEF — Vai lá e faz) algo que representa esse sentimento que tenho:

Não sou contra planejamento. Pelo contrário. Acho planejamento uma ferramenta fundamental para qualquer negócio. Só sou contra planejamentos estáticos. Há uma frase que repito muito que é: quanto mais você mexe na rede, mais a rede se mexe. Quanto mais você mexe no sistema, mais o sistema reage à sua ação… É um jogo de tabuleiro em que, quanto mais você avança, mais quadrados surgem. Para um gerente, isso é assustador e angustiante. Para um empreendedor, isso é simplesmente natural.

Exatamente! O problema está no planejamento estático; no fato de você passar a vida inteira planejando algo e nunca partir pra ação.

Temos que colocar na cabeça que nossos notebooks não são fornos onde colocamos as ideias no Word, salvamos numa pasta e depois de alguns dias ela está desenvolvida. Não é assim que funcionam as coisas.

Por isso, esse ano tomei a decisão de agir mais e cozinhar menos as ideias. Quero colocá-las no mundo e ver a reação do mundo a elas, para aí sim desenvolver e aprimorar o que tiver de ser feito. Ou até, se for o caso, enterrar algumas delas, afinal de contas temos de ter o feeling pra saber a hora certa de abortar.

Foi dado o start em 2016 e agora é seguir em frente agindo.

Lembre-se: No talk! All action!