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Criatividade Ilustração

A arte Pop Surrealista de Peca

Peca é uma artista plástica nascida na argentina que atualmente vive em Barcelona há mais de dez anos. Graduada na Universidade de Finas Artes, da cidade de La Plata, a UNLP, é pintora, ilustradora e anima seus próprios filmes. Ela mesma afirma que nasceu artista e seu amor manifestou-se desde sua infância, junto com sua habilidade. Ser artista foi algo natural, assim como andar ou falar.

Peca com seus quadros.
Peca com seus quadros.

O movimento Pop Surrealista surgiu recentemente trazendo consigo a alma dos quadrinhos, do mundo das ruas, traços do Surrealismo clássico de artistas como Dalí e Magritte, o toque de ícones populares e os costumes desenfreados da sociedade moderna. Suas expressões são marcadas por um senso de humor peculiar, forte variação de cores e desenhos com um aspecto meio infantil – características que trazem esses novos artistas.

Em postagens no seu blog pessoal, Peca afirma que sua arte é uma forma de chegar dentro dela, a liberdade de poder criar sem paredes ou fronteiras é um prazer inexplicável, cada criação é diferente, é como se elas tivessem alma. Quando fala de suas inspirações e referências, Peca fala um mix de estilos e artistas como Beatles, Frida Kahlo, Geronimus Bosch, Castaneda, Bradbury, Van Eyck, Ryden, Mono Cieza (seu marido), rock, budismo e mitologia associada com o cosmo.

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No facebook sua página é Peca Fine Art. As artes usadas no post estão no seu blog e no  seu pinterest.

 

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Arte Variedades

A caligrafia em 3D de Tolga Girgin

Muita gente sabe usar bem a sua caligrafia e conseguir montar artes incríveis com textos legais, a gente conhece vários, inclusive nacionais, como Eu Me Chamo Antônio, Pó de Lua e o Lucão. Mas além da combinação sagaz de palavras e de um jogo interessante de fontes feitas à mão, todos eles acabam tendo sempre algo em comum.

Então… Falando nisso, Tolga Girgin é uma designer e engenheira elétrica da Turquia, que nos seus trinta e tantos anos faz um trabalho sensacional com uma caligrafia que pare saltar da página. Possuindo um conhecimento extenso ao usar sombra e perspectiva em seu trabalho, eis obras que nos promove questionamento sobre se as letras estão realmente saindo do papel.

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Aos interessados, este é o seu perfil no instagram e este é o seu perfil no behance.

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Fotografia Variedades

Os Verdadeiros Ciganos do Mar

Um grupo étnico de origem malaia pouco conhecido são os Bajau, ou como é popularmente chamado, os nômades marinhos, que fazem de cada mar uma casa diferente. Os ciganos do mar são comumente encontrados entre a Indonésia e as Filipinas, hoje eles sofrem um grave risco de extinção pois são acusados pelos governos locais de caça predatória ilegal e destruição de ecossistema natural, sendo assim, obrigados a viver em terra firme.

Origem histórica relatada no século IX, sempre viveram sobre a água, seja em canoas que serviam como casas, ou em bangalôs. Como a única forma que os Bajau têm para sobreviver é a pesca e a extração de pérolas, as autoridades afirmam que eles não respeitam as leis ambientais, muito menos as épocas de reprodução e desova. Sem escolha, os últimos membros desse grupo optam por morar em casebres à beira-mar, tentando sempre dar prioridade aos costumes ensinados por seus ancestrais.

James Morgan é um fotógrafo que, por muitas vezes, teve seu trabalho exposto no National Geographic e na BBC. Suas imagens são muito usadas pelas campanhas da WWF, sendo divulgadas pelo mundo inteiro. James embarcou na aventura de registrar a vida desse povo histórico e, como é de se imaginar, fez um trabalho incrível.

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Os pescadores e nativos parecem ser parte integrante do mar, conseguindo mergulhar cerca de 20 metros de profundidade e ficar, mais ou menos, cinco minutos sem respirar.

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Eles costumam nadar apenas com óculos e, no máximo, pé de pato.

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As crianças têm como quintal o mar.

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Por causa da alta profundidade que eles conseguem mergulhar, muitos sofrem de surdez precoce.

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A Magia do Vale do Rio Omo

O Vale localiza-se em um território às margens e nas montanhas do rio Omo, no sul remoto da Etiópia, onde há séculos vivem tribos que preservam os costumes e os comportamentos das raízes da África primitiva e, por isso, por muito tempo, sua cultura permaneceu intocável. Porém, essa população vem sendo cruelmente agredida e invadida por turistas e missionários, e pela construção de uma grande hidroelétrica, que irá alagar toda área povoada pelas tribos.

Um lugar de cultura mística, onde magias e rituais estão presentes, assim como a forma que esse povo encontrou para se enfeitar e se autoexpressar, pintando seu próprio corpo. Em poucos minutos e com uma precisão impressionante, das pernas à cabeça, eles se encontram completamente cobertos por um tipo de tinta artesanal, apenas usando as pontas dos seus dedos. Nunca uma pintura é igual a outra, eles não possuem técnica alguma, é uma espécie de arte pura que é feita de acordo com a intuição.

Foto de Hans Silvester.
Foto de Hans Silvester.

É uma arte ancestral praticada por todos os membros das tribos: homes, mulheres, crianças, jovens e idosos. Sua principal fonte de inspiração é a natureza, a pintura faz com que eles se sintam parte dela.

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Com a inundação da margem, as tribos teriam que se deslocar para regiões próximas e desenvolver um novo meio de agricultura, cultivo e plantio, tendo em vista que desde seus primeiros habitantes eles utilizam o rio como fonte principal no auxílio de suas plantações e cuidado do rebanho.

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Segundo análise de estudiosos do ocidente, estes consideraram-os como gênios da arte, comparando os traços pintados em suas peles, aos traços das telas de Pablo Picasso e Joan Miró.

Além da perda material, de suas casas e de seus rebanhos, há a preocupação da perda cultural desse povo, que a cada dia vai sendo perdida pelas imposições do governo da Etiópia. O povo tribal continua lutando para que alguém escute seu chamado de socorro.