Categorias
Áudio & Vídeo Séries

Saint Seiya Omega: o que era o fim se mostra o recomeço

Pouco mais de um ano se passou desde que um dos melhores animes da história ganhasse uma nova história. Eu estou falando de Saint Seiya, também conhecido no Brasil como Os Cavaleiros do Zodíaco. Com o nome de Saint Seiya Omega, a nova história dos Cavaleiros de Athena prometia dar novos ares a franquia de sucesso indiscutível (principalmente nos anos 90 aqui no Brasil). Entretanto, a série não agradou muito os fãs da série clássica, e uma avalanche de críticas surgiram.  Gostando ou não, o fato é que Saint Seiya Omega teve sua primeira temporada concluída no domingo passado (31/03/2013) e, faltando cerca de 3 dias para a segunda temporada começar, o que podemos dizer sobre Saint Seiya Omega e o que esperar da segunda temporada?
Imagem de divulgação da primeira temporada de Saint Seiya Omega.
(Da esquerda para direita: Yuna (Águia), Éden (Orion), Haruto (Lobo), Souma (Leão Menor, ou Lionet), Seiya (Sargitário), Ryuho (Dragão) e Kouga (Pegasus)
(ATENÇÃO: o texto a seguir pode conter spoilers, mas tentarei ao máximo não fazer isso, ou pelo menos, tentarei não revelar algo realmente relevante. E as opiniões expressas aqui são de natureza pessoal, não refletindo a opinião de qualquer outro integrante da Equipe Mídia Drops)
Quando o mal aparece neste mundo, os Guerreiros da Esperança sempre aparecem. Usando as armaduras de suas constelações, fazem o Cosmo – a energia em seus corpos – explodir e lutam. Eles são os Guerreiros que protegem o Amor e a Paz na Terra. Os Cavaleiros.
Com estas palavras, Saint Seiya Omega é lançado no Japão dia 01 de Abril de 2012, sendo transmitido pela TV Asahi. Logo de cara, a primeira surpresa positiva: o tema de abertura do anime é o mesmo da série clássica: Pegasus Fantasy, só que com um novo arranjo. E diga-se de passagem, ficou muito bom!
Omega apresenta a mesma premissa da história clássica: Jovens que se tornam Cavaleiros para proteger o mundo e a Deusa Athena, ainda encarnada no corpo de Saori Kido. Até aí, beleza. A partir daí surge a primeira coisa que possivelmente desagradou os fãs: os protagonistas. Quem estava acostumado a ver Seiya de Pégasus, Shiryu de Dragão, Hyoga de Cisne, Shun de Andrômeda e Ikki de Fênix tomou um “pedala Robinho” lindo. Os novos cavaleiros preferidos de Athena são Kouga de Pégasus (que foi “adotado” por Saori após alguns eventos explicados durante a primeira temporada), Souma de Lionet (que na série clássica é um Cavaleiro de Bronze que pouco interfere na história), Yuna de Águia (que na série clássica é considerada da classe de Prata!), Ryuho de Dragão (filho de Shiryu e, portanto, herdeiro da Armadura de Dragão), Haruto de Lobo (considerado com um “Cavaleiro Ninja”) e Éden de Orion (o Ikki da vez).

A princípio eu fui como um dos milhares de fãs que torceu o nariz pra essa mudança. Tirando Pegasus e Dragão, outros poderíam muito bem ser adaptados as antigas constelações (Yuna cairia muito bem em Andrômeda, afinal, Shun sempre foi a “menina” do grupo). Mas com o tempo, isso se torna irrelevante, e até certo ponto é legal para “sair da rotina”. E por falar em “sair da rotina”, Omega faz isso quase que o tempo todo. Primeiro inserindo um CAVALEIRO NINJA, (Haruto) algo que na minha humilde opinião é bizarro (afinal, Cavaleiros do Zodíaco não é aquela bosta do Naruto).

Haruto e a nova armadura de Lobo,
uma das mais feias da história!

Depois, o pessoal da Toei (empresa responsável pelo Anime) inventa de eliminar as queridas e clássicas Caixas que guardavam as armaduras. Agora, elas são armazenadas em Cristais, que podem estar em pingentes, anéis e é mesmo brincos. Esse com certeza é um detalhe que não influencia na qualidade da obra, mas aquelas “pequenas” caixas davam todo um charme ao anime (como esquecer a cena onde Shiryu parecia um Megazord carregando as caixas das armaduras de Dragão e Pegasus?).

A explicação para isso foi que as armaduras evoluíram e se fundiram com a poeira do cosmos… bem, não preciso continuar pois essa foi uma das piores explicações possíveis para uma mudança (pelo menos ela não me convenceu)/ Aliás, em Omega, para você que estava acostumado a ver 48 Cavaleiros de Bronze, se prepare. A impressão que o início do anime passa é que existem uma centena de cavaleiros de bronze, afinal, todo estudante de Palaestra possui uma armadura. A propósito, você não deve ter entendido quando eu falei Paleastra né? Bem, vou te explicar o que é isso.

Paleastra é uma ESCOLA DE CAVALEIROS! Sim, os cavaleiros agora não precisam conquistar na raça suas adoradas armaduras. Agora, eles só precisam ir pra escola. (Algo como ganhar um tablet nos dias de hoje). Apesar de tosco, até faz um certo sentido. Afinal, alguém aí lembra como foi que Seiya ganhou a armadura de Pegasus? A intensão foi boa, com certeza, mas acho que não foi algo que antigos fãs gostaríam de ver. E outro detalhe que não vi em nenhum blog ou fórum especializado no Universo Saint Seiya: os “cavaleiros de hoje”, assim como os “Originais”, quando começaram sua jornada, tinham entre 12 e 15 anos. Imagina como seria retratar crianças de 12 a 15 anos indo para ilhas macabras, terras onde o clima é sempre abaixo de zero e sempre se estapeando com animais gigantes até mesmo para os padrões “normais”. Nos tempos atuais, não iria ter uma alma capaz de perdoar isso.

Palaestra, a escola de cavaleiros. Ótimo estímulo para as crianças que assistem a irem para escola.

E por falar em escola, uma das coisas aprendidas lá (para desespero dos fãs antigos) é que eles aprendem a natureza elemental do cosmos de cada cavaleiro. Resumindo: cada cavaleiro é como um “Pokémon”, cada um possui um elemento (Luz, Fogo, Água, Ar, Terra, Eletricidade e Trevas). É, eu também fiquei com muita raiva disso no começo. Mas parando pra pensar, essa foi uma mudança para explicitar algo que já existia, ou vai me dizer que o Ave Fênix não era um golpe de fogo e o Cólera do Dragão não era do elemento água? E no desenrolar da história, principalmente ao chegarem nas novas doze casas, os elementos “perdem” a importância para darem lugar ao que realmente importa, o Cosmo.

Um ponto importante não pode ser deixado de lado: a mudança no traço adotado. Diferentemente do traço de Saint Seiya Clássico e do anime Saint Seiya: Lost Canvas, Omega apresenta o traço mais infantilizado. Os fãs das outras séries reclamaram muito, xingaram até a décima geração de Yoshihiko  Umakoshi (ilustrador de Saint Seiya Omega) mas, vamos ser sensatos. O anime passa no Japão em um horário tido como Infantil. O intuito da Toei, que já foi deixado claro, é justamente conquistar novos fãs. Portanto, uma atitude mais que plausível mercadologicamente falando. E, sinceramente, o traço da série clássica é o meu preferido, mas o de Omega é muito bem desenhado.

Ao lado, podemos conferir a evolução dos traços dos animes. Na primeira imagem, encontramos Seiya de Pegasus, do anime “Original”. Após ele (no meio), encontramos o personagem Tenma, também Cavaleiro de Pegasus só que na Série Lost Canvas, que se passava cerca de 200 anos antes da saga de Seiya e seus amigos. E por fim, podemos ver Kouga, sucessor de Seiya que recebe sua armadura 25 anos após a Guerra Santa contra Hades, no anime clássico.

 
Sobre as armaduras, como era esperado, também sofreram algumas alterações. As que mais chamaram atenção pra mim foram justamente as dos Cavaleiros de Bronze das constelações Águia, Lionet e Lobo (que mesmo mudando pra melhor – afinal aquela armadura verde ninguém merecia – comparada as outras, é horrível! Isso, pelo simples fato daqueles “pelos” saindo dela… vejam na imagem colocada mais acima). Outras armaduras foram adaptadas, como a da Amazona de Ouro Paradox, de Gêmeos (Sim, a primeira Amazona que se tem notícia a chegar a um posto tão elevado dentro da hierarquia dos Cavaleiros).

Paradox, a primeira Amazona a receber uma Armadura de Ouro que se tem notícia em todo Universo Saint Seiya.
E em Omega ela não é a única!

Podemos dizer, depois do POUCO exposto aqui que apesar de revoltar alguns fãs, a primeira temporada de Saint Seiya Omega é muito boa por apresentar muitas coisas novas e surpreendentes (na minha opinião), e outras coisas óbvias, como quem é o sucessor do Cavaleiro de Ouro Mú, de Áries. É verdade que, apesar de serem reverenciados como “Os Cavaleiros Lendários” juntos de Seiya, os cavaleiros Ikki, Hyoga, Shun e Shiryu pouco aparecem em Omega, mas são parte fundamental na jornada de Kouga e seus amigos. Se fosse para dar uma nota, eu daria 8,5 para a primeira temporada.

E o que esperar da já anunciada segunda temporada?

Poster de divulgação da segunda temporada que irá ao ar no domingo (07/04) no Japão.

Como de costume, novas armaduras (afinal, de saga pra saga elas sempre “evoluem”), um novo inimigo… ou melhor, nova inimiga: a garotinha loirinha no topo da imagem será a Deusa Pallas (algo estranho pois ela é a cara de Saori quando criança e Pallas, caso não saibam, é um dos nomes da Deusa Athena), mas o que me chama mais a atenção é o pequenino azul. A Toei inventou de inserir um Cavaleiro de Aço na história. Sinceramente? Acho que será uma bola fora. E se tiver que fazer uma aposta alta eu jogaria todas minhas fichas no real vilão da temporada. Para mim, até o final deve aparecer Julian Solo, o humano que é a reencarnação de Poseidon.

Eu poderia ficar horas e horas falando sobre Cavaleiros do Zodíaco: Omega com vocês, afinal, sou fã assumido do anime e, para mim, é o melhor anime de todos os tempos e dificilmente alguém me convencerá o contrário. Mas é melhor vocês mesmo conferirem a primeira temporada. Fica a dica!

Categorias
Áudio & Vídeo Séries

The Mighty Morphin Avengers?!

Se você nasceu nos Anos 80 ou no início dos Anos 90, e teve uma infância minimamente saudável e feliz, com certeza deve ter visto (ou ouvido falar) os Power Rangers. O seriado japonês adaptado pelos norte-americanos foi um enorme sucesso nos anos 90 e comecinho dos anos 2000 aqui no Brasil e até hoje tem milhares de fãs que ainda acompanham as temporadas antigas e as que continuam sendo lançadas até hoje.
Um dos grupos de heróis mais populares de todos os tempos! (Fonte)
Aí, um belo dia, uma mente (ociosa) brilhante resolveu criar uma abertura para o filme dos Avengers (Vingadores) da Marvel como se fosse uma série de TV. Para isso, ele se inspirou na abertura original dos Power Rangers e o resultado ficou incrivelmente bom. Veja no vídeo abaixo:
Ele utilizou imagens do próprio filme The Avengers e fez a edição baseado no estilo muito comum de abertura de séries norte-americanas na década de 90, além é claro, da música tema dos heróis coloridos. Para tirar a prova, compare você mesmo com a abertura original dos Power Rangers para ver se não ficou show de bola:

Quando se junta duas franquias de sucesso é quase impossível não sair algo bom, não acham?

Categorias
Áudio & Vídeo Filmes

Top 5: filmes sobre filmes

O cinema adora falar sobre ele mesmo, sejam por pequenas referências aos filmes clássicos, ou mesmo a períodos históricos e personalidades importantes para a sétima arte. A metalinguagem frequentemente rendeu ótimos filmes. Então preparamos o nosso top 5, afinal nada melhor do que aprender sobre cinema no cinema!
5 – Sete dias com Marilyn (Simon Curtis, 2011)

História real sobre um estudante de cinema, Colin Clark, determinado a trabalhar para Sir Laurence Olivier (ator britânico conhecido, principalmente, por suas interpretações de Shakespeare). O jovem finalmente consegue o emprego como assistente de direção em um filme com Marilyn Monroe. Conhecemos mais sobre o mundo conturbado da atriz à medida que o próprio Colin a conhece. Incrível interpretação da Michelle Williams (Namorados para sempre, 2010) como Marilyn, sempre coberta de medos, anseios e dúvidas de seu talento.
Indicado ao Oscar de Melhor atriz (Michelle Williams) e melhor ator coadjuvante (Kenneth Branagh).


4 – A invenção de Hugo Cabret ( Martin Scorsese, 2011)

Filme atípico para o diretor, conhecido por seus filmes cheios de ação como Infiltrados (2006) e Taxi Driver (1976), porém não menos bem realizado. Scorsese faz uma verdadeira carta de amor ao cinema ao contar a história de um garoto que vive em uma estação de trem francesa e, na busca por desvendar um enigma deixado por seu pai, conhece Georges Méliès, um dos diretores mais inventivos e importantes do cinema. Muito bonito visualmente. Vale a pena também conferir o livro infanto-juvenil no qual foi baseado, as ilustrações são lindas.
Vencedor do Oscar de melhor fotografia, melhor edição e mixagem de som, melhor direção de arte e melhor efeito visual.


3 – Ed Wood (Tim Burton, 1994)

Segunda parceria de Tim Burton com Johnny Depp. (Precisa de mais alguma coisa?) Depp interpreta Ed Wood, hoje conhecido como o pior diretor de todos os tempo, imerso em seu mundo dos B-movies dos anos 50 com seus atores e amigos excêntricos. Filme preto e branco com o próprio o ar dos filmes de Wood. É uma obra de aspectos únicos, divertida, dramática e, às vezes, até assustadora. Grande tributo ao amor pelos filmes, mesmo aqueles considerados os piores de todos os tempos. Burton e Depp, mais Ed Woods, por favor!
Oscar de melhor ator coadjuvante para Martin Landau como Bela Lugosi (o Drácula de 1931).



2 – Crepúsculo dos deuses ( Billy Wilder, 1951)

O título original (Sunset Boulevard) é uma referência à rua que atravessa Los Angeles e Beverly Hills e mostra o universo dos artistas de cinema nos anos 50. De narrativa inovadora, o longa se inicia com o cadáver do roteirista Joe Gillis boiando na piscina da atriz decadente de filmes mudos, Norma Desmond, e o Gillis contando como foi parar lá. Talvez o grande filme noir da história de Hollywood, confronta elementos do gênero dark e urbano com o glamour da indústria cinematográfica.
Vencedor do Oscar de melhor roteiro, melhor trilha sonora e melhor direção de arte.


1 – 8 ½ (Federico Fellini, 1963)

Considerada a obra prima e filme mais pessoal do diretor italiano Fellini (A doce vida, 1960) e conhecida pelo seu caráter semi-autobiográfico. O diretor escolheu esse título como uma alusão ao fato de que esse era seu filme de número 8 ½ (o seu curta metragem contava como ½ ). Guido Anselmi é alter-ego de Fellini na luta para terminar seu próximo filme enquanto sua própria vida desmorona ao seu redor. A realidade se mistura com os sonhos para compor o psicológico de Fellini, ou melhor, de Guido! O filme é longo e um pouco solto, não foi feito para entretenimento, mas é, com certeza, uma grande obra do cinema. 
Vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro.  

Também vale a pena conferir o musical Nine (2009), remake do filme de Fellini, dessa vez com Daniel Day-Lewis como Guido. E o clipe do R.E.M., Everybody hurts, que foi inspirado na primeira cena de ½.


Postado por

Minna Miná

Estudante de Comunicação em Mídias Digitais na UFPB e ilustradora, publico meus trabalhos na internet desde 2008 e encontrei no meio uma forma de obter retorno e conhecer novos artistas. Adoro filmes, leio sobre filmes, faço resenhas sobre filmes aqui no blog e nas horas vagas, adivinhem só, amo ir ao cinema.

Categorias
Arte Criatividade Ilustração

Poketryoshka: Michael Myers, eu escolho você!

Calma, calma, eu não enlouqueci e estou pensando que me tornei um treinador pokémo. E tampouco estou invocando o temido Michael Myers (personagem criado por John Carpenter e Debra Hill para a famosa série de terror Halloween) para matar alguém. O Michael Myers em questão é um ilustrator e designer norte-americano que teve uma brilhante idéia e a colocou no mundo: a Poketryoshka.
A Poketryoshka é um conjunto de ilustrações onde ele juntou alguns dos monstrinhos da conhecida franquia Pokémon com as famosas Matrioshkas Russas. Caso você não saiba, as Matrioshkas são aquelas bonecas russas bem gorduchinhas que são colocadas umas dentro das outras, sempre aumentando seu tamanho de dentro para fora.
Exemplo clássico de Matrioskas. (Fonte: Wikipedia)
Michael se baseou nos formatos dessas simpáticas bonecas e fez uma espécie de “Cadeia Evolutiva” dos 4 Pokémons iniciais do início da franquia: Pikachu, Bulbasaur, Charmander e Squirtle.
De dentro para fora: Pichu, Pikachu, Raichu
De dentro para fora: Bulbasaur, Ivysaur, Venusaur.
De dentro para fora: Charmander, Charmeleon, Charizard.
De dentro para fora: Squirtle, Wartortle, Blastoise.
  
E se você pensa que a influência de Animes e Video-Games acaba por aí no trabalho de Michael Myers, você pode conferir o portifólio dele lá no Behance e se inspirar em algumas das obras dele (como a que faz referência ao clássico Final Fantasy VII, na que se baseia no desenho Hora de Aventura e muitos outros). Além do portifólio, lá você encontra um pouco mais sobre a história dele e outros contatos deste designer.

E aí, o que vocês acharam? Podem começar a comentar em 3… 2… 1!

Categorias
Áudio & Vídeo Filmes

As aventuras de Pi: “Como eles fizeram isso?”.

As aventuras de PI (Life of Pi) recebeu 4 Oscars, entre eles o de efeitos visuais. Disso provavelmente você já sabe. Mas, você sabe como foram criados?
Acredito que a maioria das pessoas que assistiram ao filme saíram com uma pergunta na cabeça, “Como eles fizeram isso?”.

No endereço abaixo teremos algumas respostas.
Sensacional como o filme.   
O que você achou?
Muito bom, né?
Vamos compartilhar!