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Os Achismos no meio profissional – Nova Identidade Visual da GOL

O que te parece não ser legal, pode de fato não ser criativo?

Acompanhando fóruns, grupos de discussões, blogs e páginas de Design Gráfico / Publicidade e Propaganda / Marketing e por aí vai, me deparei com uma situação que deixou de ser nova a bastante tempo, mas que insiste em se instalar nas rodas de conversas sobre o tema: A incrível capacidade de se criticar sem conhecer o assunto! Bem, se tratando de designers e profissionais afins, aparentemente a crítica construtiva deveria ser um dos pilares para se alcançar resultados melhores, porém, o que se vê nesse meio é um monte de achismos e “gosto não gosto”, totalmente voltados para o pessoal, sem qualquer embasamento teórico ou no mínimo uma ambientação sobre os porquês para se chegar a tal resultado.

Para ser mais claro, essa semana a GOL – Linhas Aéreas Inteligentes anunciou (e mostrou) sua nova Identidade Visual, com um novo conceito totalmente diferente do que foi usado a alguns anos e isso gerou muitas críticas destrutivas sobre o projeto.

Gol - Linhas Aéreas Inteligentes anuncia sua nova Marca.
Gol – Linhas Aéreas Inteligentes anuncia sua nova Marca.

O que vem ao caso nesse texto, não é se a marca ficou bonita ou não, mas sim, o conceito que foi empregado nessa nova marca e o fato desse conceito não ter ficado tão claro entre os profissionais de Design e Marketing, pois, uma chuva de “Eu não gostei”, “Eu faria melhor!”, “Eu iria por outro caminho”, “Alguém ganhou dinheiro para fazer isso?”, simplesmente inundou a internet, fazendo com que o trabalho fosse questionado em alguns pontos por esses profissionais.

A grande questão deveria ser: “Como chegaram a esse resultado?” Mas as críticas pessoais tomaram conta dos grupos de Design e a galera caiu matando em cima do trabalho feito pela AlmapBBDO! O Marcello Serpa, sócio e co-presidente da agência, ressaltou parte do conceito empregado nessa nova Identidade Visual, dizendo o seguinte: “Trabalhamos com a Gol há 14 anos e acreditamos na eficiência que a empresa traz para a aviação. Com essa nova identidade, quisemos retratar a inteligência e democracia da companhia. A Gol une histórias e pessoas e nada melhor que dois elos se unindo para representar essa força”.

Ao meu ver, a marca estava mesmo precisando de uma nova roupagem, visto que, seu conceito estava totalmente distorcido. Ler o conceito do idealizador do projeto, foi de extrema importância para esboçar qualquer opinião sobre o trabalho. Eu tentei analisar primeiro como cliente e depois como designer (é difícil separar isso as vezes), por isso, como cliente vendo ela aplicada nos aviões me deixou encantado, pois a antiga já deu o que tinha que dar, mas essa nova revitalizou a empresa de tal modo que a modernidade e o elo entre as pessoas foram fatores primordiais para o bom início dessa nova fase da empresa. Como designer, notei uma dificuldade em pronunciar GOL, pois, a letra O duplicada me causou uma certa estranheza, mas nada que fizesse com que o trabalho fosse ruim na minha cabeça.

Comparativo entre a marca antiga e a nova marca da GOL - Linhas Aéreas Inteligentes.
Comparativo entre a marca antiga e a nova marca da GOL – Linhas Aéreas Inteligentes.

A verdade é que o senso crítico precisa ser melhorado em nosso meio, pois, duras críticas (disfarçadas de construtivas, mas que na verdade não servem para melhorias) tem sido a base da opinião de alguns e isso é ruim quando se trata de mercado, pois, retrata sua própria imagem como pessoa.

Alguém que não consegue lidar com opiniões diversas precisa se reinventar como profissional, já que o mercado é evolutivo. Analisar um projeto finalizado sem ao menos tentar compreender o conceito empregado no mesmo, é um erro absurdamente grotesco que não deveria ser cometido nem mesmo por principiantes.

Quando analiso uma situação por todos os ângulos e óticas, consigo gerar uma opinião crítica não redundante acerca daquilo e isso me faz crescer como pessoa e como profissional. Os achismos ficam de lado, partindo para as certezas de que o trabalho idealizado se torna um bom resultado de um conceito imaginado. Quando o conceito é aliado a execução, a linha da perfeição é traçada de forma consistente e os traços de um trabalho bem feito se tornam eficazes.

Lembremos sempre que a argumentação embasada na teoria, é o pilar de sustentação de uma boa e saudável discussão. Portanto, antes de empregar seus achismos, procure saber mais sobre o assunto e se pergunte o porquê de se alcançar tal resultado, ok designers? #FicaDica

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Facilite sua Vida Online com o IFTTT

Hoje vamos falar sobre um serviço genial que vai te ajudar e muito na sua vida online. O  IFTTT  (If This Then That / Se Isso, Então Aquilo) que é um site muito inteligente que existe já há algum tempo e ajuda você a automatizar a internet pra suas necessidades. Pra quem é produtor de conteúdo ou vive conectado com serviços online esse serviço é praticamente obrigatório.

ittt - midiadrops

Aí em baixo segue uma lista com as receitas mais úteis que eu encontrei no IFTTT que você pode baixar agora mesmo, e tornar sua vida online muito mais produtiva.

  1. Do Youtube pro Twitter
  2. Do Youtube pro Facebook
  3. Do Facebook pro Twitter
  4. Do Instagram pro Flickr
  5. Do Instagram pro Twitter
  6. Mude avatar automaticamente no Facebook e Twitter
  7. Do WordPress pro Facebook
  8. Do Giphy pro Twitter
  9. Receitas para Celular Android
  10. Receitas para Iphone
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Apostas Oscar 2015 Midia Drops

Esse ano juntamos 5  críticos  metidos a críticos de cinema pra fazer uma aposta sobre os filmes do Oscar. Vai ser bem simples cada um fez suas apostas e no dia 22 a gente vai descobrir o ganhador. Vamos logo as apostas…

Melhores efeitos visuais

“Capitão América 2: O soldado invernal” / “Planeta dos macacos: O confronto” / “Guardiões da Galáxia” / “Interestelar” / “X-Men: Dias de um futuro esquecido”

Guigo: Planeta dos Macacos – o segundo consegue ser melhor ainda que o primeiro e em termo de inovação em efeitos visuais e com essa galera aí.

Fabrícia: Outro chute produção, Interestelar.

Bianca: Tem nem o que discutir, sério, Interestelar.

Victor: Peguem os tomates, as tochas e os ovos, pois aqui vou contra todos e apostar no, enfim, merecido prêmio para o trabalho símio feito em “Planetas do Macacos: O confronto”. “Interestelar” é o mais óbvio e vou já ciente da derrota, mas algo naquele chroma key e naquela cena final me fizeram ficar cismado demais se o Oscar é realmente justo para o Nolan.

Rafael Godoy: Eu realmente gostaria que Guardiões da Galáxia levasse por conta das cenas do Mini Groot dançando e do Howard The Duck ter aparecido 😛 Mas não são parâmetros para a academia. Interstelar leva essa.

 

Melhor design de produção

“O grande hotel Budapeste” / “O jogo da imitação” / “Interestelar” / “Caminhos da floresta” / “Sr. Turner”

Guigo: Hotel – Wes Anderson sempre se garantindo neh?

Fabrícia: Tem como não ser O Grande Hotel Budapeste?

Bianca: INTERESTELAR!!!!

Victor: Não há saída, escapatória, outra via. “O Grande Hotel Budapeste” tem o melhor, mais bonito, mais trabalhado cenário deste ano e, quiçá, a melhor cenografia da década. O Wes Fucking Anderson trouxe com o Hotel o que o Woody Allen fez com Paris: transformou um espaço em personagem, o protagonista até, e deu a ele sentimentos, história, uma vida que se cruza em outras vidas menores.

Rafael Godoy: Mr. Anderson.

 

Melhor canção

“Everything is awesome”, de Shawn Patterson (“Uma aventura Lego”) / “Glory”, de John Stephens e Lonnie Lynn (“Selma”) / “Grateful”, de Diane Warren (“Além das luzes”) / “I’m not gonna miss you”, de Glen Campbell e Julian Raymond (“Glen Campbell…I’ll be me”) / “Lost Stars”, de Gregg Alexander e Danielle Brisebois (“Mesmo se nada der certo”)

Guigo: Lost Stars – Tem que ganhar, melhor música disparada *_* mas provavelmente Glory leva 🙁

Fabrícia: Lost Stars por favooor Academia!

Bianca: Kd let it go? Hahahah, Everything Is Awesome, passei uma semana cantando.

Victor: “Everything is awesome”!!!!!!! Brincadeira. Será divertido assistir a performance da música de Lego no palco, mas John Legend e Common fizeram um trabalho lindo demais com “Glory”, do filme Selma, e merecem o Oscar. Se não eles, que seja Glen Campbell com “I’m not gonna miss you”, já que esta é a última canção que o Alzheimer deixou o lendário músico pop de 78 anos escrever.

Rafael Godoy: Acredito que Happy de Pharrell… não, pera. Hmmm, Everything Awesome.

 

Melhor trilha sonora

Alexandre Desplat (“O grande hotel Budapeste”) / Alexandre Desplat (“O jogo da imitação”) / Hans Zimmer (“Interestelar”) / Gary Yershon (“Sr. Turner”) / Jóhann Jóhannsson (“A teoria de tudo”)

Guigo: Teoria de Tudo – A trilha sonora é tão boa que você assiste aos créditos finais todo só pra continuar ouvindo.

Fabrícia: Vou ser sincera e assumir que não estou muito ligada nessa categoria, pode chutar produção? Adorei a trilha sonora de A Teoria de Tudo então vote nela.

Bianca: Nenhuma dessas me chamou atenção, mas minha aposta vai pra Grande Hotel.

Victor: Por favor, celebrem o talento de Alexandre Desplat finalmente. O cara foi duplamente indicado este ano por duas trilhas fantásticas (“O Grande Hotel Budapeste” e “O jogo da imitação”). Não duvido, e até nem chiarei se Johan Johannsson ganhar pela tocante trilha de “A teoria de tudo”, mas a graça, a simplicidade e a elegância húngara de Desplat em “O Grande Hotel Budapeste” é muito mais merecida!

Rafael Godoy: Ok, Alexandre Desplat quase conseguiu pedir uma música no fantástico com duas indicações no mesmo ano. Apesar de ter sido uma comparação m**** essa minha, eu nem esperava para entregar a estatueta. Já mandava pra casa dele enrolado naqueles plásticos bolha.

 

Melhor fotografia

Emmanuel Lubezki (“Birdman”) / Robert Yeoman (“O grande hotel Budapeste”) / Lukasz Zal e Ryszard Lenczewski (“Ida”) / Dick Pope (“Sr. Turner”) / Roger Deakins (“Invencível”)

Guigo:  Hotel Budapeste – Wes Andersom sempre garante uma estética perfeita a seus filmes, com esse não seria diferente.

Fabrícia: O Grande Hotel Budapeste, aqueles enquadramentos, quanta simetria, que estética que esse filme tem, merece ganhar.

Bianca: Robert Yeoman. A fotografia ficou incrível, as cores fortes, contrastes. Concordo com o que Fabrícia disse acima.

Victor: Emmanuel Lubezki é o novo mestre da fotografia cinematográfica. Finalmente foi premiado ano passado por “Gravidade” (e já merecia desde “Filhos da esperança” e o esplendor de “A árvore da vida”) e pode ser reconhecido novamente agora, pela forma como usou lindamente as cores e luzes em “Birdman”. A fotografia de “O Grande Hotel Budapeste” é primorosa e merece o destaque de ser a única indicada a não ser digital, mas Lubezki também bem mais domínio da técnica, como na delicada cortina colorida de pimentas ou o palco em azul. Empate técnico?

Rafael Godoy: Robert Yeoman botou quente e leva. Tudo muito bonitinho e tal.

 

Melhor roteiro adaptado

Jason Hall (“Sniper americano”) / Graham Moore (“O jogo da imitação”) / Paul Thomas Anderson (“Vício inerente”) / Anthony McCarten (“A teoria de tudo”) / Damien Chazelle (“Whiplash”)

Guigo: O Jogo da imitação soube contar a historia de Alan Turing de uma forma comovente apesar de ser bem simples e linear.

Fabrícia: Acho que  a Teoria de Tudo ganha, mas preciso muito protestar: Como assim Gone Girl sequer foi indicado nessa categoria? Injustiça!

Bianca: Também acho que Anthony McCarten leva, mas eu queria mesmo Graham Moore, hehe.

Victor: Cadê Gillian Flynn e sua adaptação íntima de “Garota exemplar”? Uma falha feia, uma falha rude da Academia, que resolveu cismar com o filme do David Fincher. Que seja entregue então o Oscar a Graham Moore e seu “Jogo da imitação”, que tem um roteiro tão delicado que acerta até na analogia do nome do filme com a vida de seu personagem.

Rafael Godoy: Anthony McCarten. Puro chute 😛

 

Melhor roteiro original

Alejandro G. Iñárritu, Nicolás Giacobone, Alexander Dinelaris Jr. e Armando Bo (“Birdman”) / Richard Linklater (“Boyhood”) / E. Max Frye e Dan Futterman (“Foxcatcher”) / Wes Anderson e Hugo Guinness (“O grande hotel Budapeste”) / Dan Gilroy (“O abutre”)

Guigo: Birdman – Realmente o Iñarritu se garantiu pensando essa história mirabolante e cheia de metáforas. Merece o melhor roteiro e merece muito.

Fabrícia: Birdman leva, e merece muito, roteiro sensacional.

Bianca: Birdman, sem mais.

Victor: Meus olhos me enganam e querem ver o Richard Linklater ganhar por “Boyhood”, mas até este apaixonado admite que a história tem seus ápices nos momentos de lição de vida e o resto é a vida comum. É cinema, é espetáculo e que algo mais encorpado seja celebrado, como o ego em voga de “Birdman” ou as narrativas dentro das narrativas bem-elaboradas de “O Grande Hotel Budapeste”.

Rafael Godoy: Acredito que Iñárritu leva essa com Birdman.

 

Melhor animação

“Operação Big Hero” / “Como treinar o seu dragão 2” / “Os Boxtrolls” / “Song of the sea” / “The Tale of the Princess Kaguya”

Guigo: Big Hero – Ele roubou meu coração, cheio de referências nerd e super bem produzido. é o frozen para meninos 😛

Fabrícia: Operação Big Hero, quero um Baymax  <3

Bianca: Song of the sea!!!! Lindimais. 🙂

Victor: LEGOOOOOO! Ainda me pego pensando se a Academia descartou “Uma aventura Lego” por ser extremamente comercial ou por ter cenas com pessoas reais. Puf… Minha mente me diz para votar em “Como treinar seu dragão 2” e ficar tranquilo, pois é uma bela continuação (arrisco até dizer que é melhor que o primeiro), mas “O conto da princesa Kaguya”, do impecável Studio Ghibli ganhou meu coração e, se quiserem repetir o feito de 2002 em que premiaram “A viagem de Chihiro”, seria uma grata surpresa.

Rafael Godoy: Confesso que não assisti as animações. Mas voto em Operação Big Hero por dois motivos:
1) Como Guigo falou, é o Frozen para meninos (melhor definição EVER pra quem não assistiu 😛 );
2) Já jogaram o Big Hero pra iOs? Ok, é tipo um Candy Crush sendo que… pra meninos! E MUUUUUUITO VICIANTE!!! 😀

 

Melhor atriz coadjuvante

Patricia Arquette (“Boyhood”) / Laura Dern (“Livre”) / Keira Knightley (“O jogo da imitação”) / Emma Stone (“Birdman”) / Meryl Streep (“Caminhos da floresta”)

Guigo: Arquette – Ela leva praticamente o filme todo nas costas com o Ethan Hawke. Ela merece muito.

Fabrícia: Patricia Arquette vai levar, se destacou muito em Boyhood, merece ganhar, vamos aplaudi-lá, MAS calma minha gente que Meryl Streep é melhor e eu acho que ela não deveria ser mais indicada, já ta chato né, ela merece um prêmio eterno por todas as atuações inclusive as que virão, na verdade merece um prêmio por ter escolhido ser atriz. #TeamStreepForever

Bianca: Arquette. Af, que mulher incrível interpretando as fases de uma mãe.

Victor: Uma certeza: Patricia Arquette pelos 12 anos de dedicação em “Boyhood”. Inquestionável. Espero só que ela tenha lido recentemente notícias sobre ela, pois seus últimos discursos são fracos e nada inspiradores. Sua melhor cena? Mason filho indo embora e ela resume em 30 segundos e algumas lágrimas seus sucessos e fracassos. “O que vem depois? A p**** do meu funeral!”.

Rafael Godoy: Eu até que queria votar em Meryl Streep só pra ser do contra e ganhar alguns pontos nas apostas, mas Patricia Arquette teve 12 anos de paciência (e competência) e o nome dela é quase unanimidade.

 

Melhor ator coadjuvante

Robert Duvall (“O juiz”) / Ethan Hawke (“Boyhood”) / Edward Norton (“Birdman”) / Mark Ruffalo (“Foxcatcher”) / JK Simons (“Whiplash”)

Guigo: Simons é o cara se garantiu, sem mais. Além do mais que aprendi vários xingamentos novos.

Fabrícia: JK Simons sem dúvidas,  outros fizeram um “bom trabalho” haha.

Bianca: Simons, o bicho nem pareceu ser coadjuvante, huae.

Victor: Outra certeza absoluta: J. K. FILHO DA MÃE Simmons por “Whiplash”. Ele sempre vai ser o chefe do Peter Parker ou o pai da Juno, mas agora vai ser o louco maestro Fletcher, que grita nos seus sonhos e te faz pensar se “bom trabalho” é realmente danoso. Sem erros. Atuação simplesmente perfeita, que chega a ser redundante comentar. Sua melhor cena? Depois de arremessar a cadeira e pedir “carinhosamente” para Andrew contar até quatro. “Você vai adiantar, você vai atrasar ou você vai tocar NA P**** DO MEU TEMPO?”.

Rafael Godoy: Simmons. Mas se ele não levar essa, ia ser muito engraçado ele colocando a culpa no Homem Aranha.

 

Melhor atriz

Marion Cotillard (“Dois dias, uma noite”) / Felicity Jones (“A teoria de tudo”) / Julianne Moore (“Para sempre Alice”) / Rosamund Pike (“Garota exemplar”) / Reese Witherspoon (“Livre”)

Guigo: Julianne Moore. Chegou a hora dela neh? Tava mais que na hora e ela ta muito bem no papel emocionante.

Fabrícia: Julianne Moore COM CERTEZA, e se ela não ganhar vou xingar muito no twitter e onde for necessário. Como Guigo disse, chegou a hora dela, e não desmerecendo a atuação das outras, até porque Rosamund Pike arrasou de Amy Exemplar <3, mas Moore coloca todas no bolso com sua atuação em Still Alice.

Bianca: Com base nos meus conhecimentos, Rosamund Pike, hahah.

Victor:  Rosamund Pike está insana em “Garota exemplar” e merecia todo o burburinho criado desde setembro. Mas depois que viram a Julianne Moore em “Para sempre Alice”, todo o foco voltou para ela. Não é um bom filme, não é sua melhor atuação, não é a melhor interpretação do ano, mas sabe quando a demora de consagração já fica vergonhosa? Foi assim com o talento oculto de Sandra Bullock em 2010. Já vem tarde o Oscar de Julianne Moore, uma das atrizes mais queridas e com um imenso dom para o cinema. Sua melhor cena? “Cadê meu celular? Cadê meu celular?”

Rafael Godoy: Acho que quem tem MAIS chance de levar esse ano é Julianne. (Mais chance, Moore… Ok, a piada foi péssima e não vou receber o Oscar de melhor piadista novamente.)

 

Melhor ator

Steve Carell (“Foxcatcher”) / Bradley Cooper (“Sniper americano”) / Benedict Cumbertatch (“O jogo da imitação”) / Michael Keaton (“Birdman”) / Eddie Redmayne (“A teoria de tudo”)

Guigo: Redmayne , o novato na categoria, ele se garantiu muito. Acho que a pessoa compra o filme por causa da atuação dele, que está impecável.

Fabrícia: Eddie Redmayne leva com certeza, que atuação.

Bianca: Eddie Redmayne. Ele conseguiu o papel da vida dele.

Victor: Os dilemas não acabaram e ainda tem mais. Michael Keaton e seu retorno genial fazendo quase ele mesmo em “Birdman” ou Eddie Redmayne, garoto prodígio que veio não se sabe de onde para interpretar divinamente Stephen Hakwing em “A teoria de tudo” (melhor do que Benedict Cumberbatch fizera em 2004 em “A história de Stephen Hawking”, pois, como ensinou Robert Downey Jr. em “Trovão tropical”, “nunca faça um retardado por completo”). Redmayne faz um trabalho de corpo inteiro, com dedicação ao seu papel, com um corpinho totalmente retorcido, expressões de rosto triste, mas com semblante esperançoso, ciente de sua mudança, de sua nova vida. Especialistas apostam em Keaton, pois duvidam que ele tenha outra chance melhor do que esta futuramente, diferente de Redmayne, bem mais jovem. Já basta o Oscar da Julianne Moore por pena, que seja feita a justiça aqui. Redmayne, chora de novo. Sua melhor cena? Ele, já na cadeira de voz, chorando na despedida.

Rafael Godoy: Quase todo mundo fala do Redmayne. Ok, ele foi muito bem. Mas o Michael Keaton conseguiu “se auto interpretar-se a si mesmo” de maneira perfeita! Quem faria esse papel melhor que ele?

 

Melhor diretor

Alejandro Gonzáles Iñárritu (“Birdman”) / Richard Linklater (“Boyhood”) / Bennett Miller (“Foxcatcher”) / Wes Anderson (“O grande hotel Budapeste”) / Morten Tyldum (“O jogo da imitação”)

Guigo: Linklater fácil. O cara passou 12 anos filmando, acho que ele merece como sendo um premio perseverança. O roteiro pode não ser grande coisa mas o filme mostra um retrato muito interessante sobre a passagem do tempo. O cara merece.

Fabrícia: Richard Linklater, não tem como ser outro, foram 12 anos né? Não tem um roteiro muito original, mas foram 12 anos minha gente, a estatueta é dele.

Bianca: Inãrritu fez sequências incríveis em Birdman, uma direção fantástica.

Victor: Questão agoniante que vai perdurar até os últimos minutos da premiação: Richard Linklater e os riscos do inovador “Boyhood”, gravado durante 12 anos, ou Alejandro Gonzalez Iñarritu, de “Birdman”, e sua genialidade em gravar um filme inteiro em plano-sequência (discípulo de Alfonso Cuarón, hein?), sem cortes, sem pausa para respirar, sem tempo para refletir sobre o que está sendo feito e quando damos conta, nos impressionamos. Eu não sei. De verdade, não sei. Linklater, Iñarritu, tanto faz. Ambos merecem, mas se é para desempatar um dilema destes, que seja para Richard Linklater e “Boyhood”. Foram 12 anos com atores, produção, roteiro, cenas, diferente daquele momento difícil que o Iñarritu passou e que durou bem menos. Ambos sofreram bastante para realizar estes trabalhos gigantescos, então sei lá. Sei de mais nada.

Rafael Godoy: Vejo muitas pessoas falando de Richard Linklater. Ok, levar 12 anos para fazer um filme não é fácil. Ele tem seus méritos e não dúvido que ele leve a estatueta. E Iñarritu fez um bom trabalho. Mas algo me diz que Wes Anderson vai levar desta vez. Não que seja meu favorito, mas se fosse apostar uma grana, iria no Wes. (Espero ficar rico!)

 

Melhor filme

“Sniper americano” / “Birdman” / “Boyhood” / “O grande hotel Budapeste” / “O jogo da imitação” / “Selma” / “A teoria de tudo” / “Whiplash”

Guigo: Birdman é um filme cheio de plano-sequências e uma produção muito competente vai conquistar a crítica com certeza.

Fabrícia: Birdman, tenho dúvidas sobre Sniper Americano devido ao patriotismo americano e não por achar o melhor filme, não mesmo, mas espero que a Academia seja justa a trama, o elenco, os diálogos, as analogias e metáforas, Birdman é o melhor filme.

Bianca: Birdman, filmaço, esse lance de super-herói estadunidensse e um humor meio ácido, só vai dar ele.

Victor: Sei nem de melhor filme. Não é para premiar os produtores, a produção inteira, então fico na dúvida entre “Boyhood”, “Birdman”, “O Grande Hotel Budapeste”, “O jogo da imitação” e “Whiplash”. Todos estes cinco ficariam lindos como FILME DO ANO. “Boyhood” tem humanidade e alma universal. “Birdman” tem ego e inovação. “O Grande Hotel Budapeste” tem graça quase infantil e deleite para os olhos. “O jogo da imitação” tem narrativa concisa e precisão. “Whiplash” tem som e fúria. Para mim, em primeiro lugar, coloco “Boyhood”, seguido de “Whiplash” e “O Grande Hotel Budapeste” em terceiro. Mas, como eu disse, sei lá, sei lá.

Rafael Godoy: Birdman. Acredito que apesar desse lance de atentados e ISIS estarem diariamente na mídia, Sniper Americano não deve desbancar o Homem Pássaro. Muito menos Boyhood, que na minha opinião, não tem tantos atrativos.

 

Os Convidados

Victor Lages é um jovem estudante de jornalismo no Piauí que tem sérios problemas com cinema: é um viciado e precisa de doses diárias de filmes para saciar-se. Quer ser escritor, mas a timidez e auto-crítica deixam sua gaveta eternamente cheia. Enquanto isso, vai escrevendo sobre o Oscar sonhando com o dia em que estará lá na premiação.

 

Fabrícia Guedes – Mestranda em Comunicação pela UFPB e Bacharel no curso de Comunicação em Mídias Digitas. Apaixonada por filmes, logo, metida a entendedora  e crítica de cinema. Pesquisa sobre entretenimento (cinema, séries, videoclipe, música, tecnologia etc) e cibercultura. Seu maior prazer é comunicar-se, aprender e poder compartilhar todo conhecimento possível.

 

Os outros são velhos conhecidos e participantes aqui do Blog, nem precisamos apresentar neh?

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A Magia do Vale do Rio Omo

O Vale localiza-se em um território às margens e nas montanhas do rio Omo, no sul remoto da Etiópia, onde há séculos vivem tribos que preservam os costumes e os comportamentos das raízes da África primitiva e, por isso, por muito tempo, sua cultura permaneceu intocável. Porém, essa população vem sendo cruelmente agredida e invadida por turistas e missionários, e pela construção de uma grande hidroelétrica, que irá alagar toda área povoada pelas tribos.

Um lugar de cultura mística, onde magias e rituais estão presentes, assim como a forma que esse povo encontrou para se enfeitar e se autoexpressar, pintando seu próprio corpo. Em poucos minutos e com uma precisão impressionante, das pernas à cabeça, eles se encontram completamente cobertos por um tipo de tinta artesanal, apenas usando as pontas dos seus dedos. Nunca uma pintura é igual a outra, eles não possuem técnica alguma, é uma espécie de arte pura que é feita de acordo com a intuição.

Foto de Hans Silvester.
Foto de Hans Silvester.

É uma arte ancestral praticada por todos os membros das tribos: homes, mulheres, crianças, jovens e idosos. Sua principal fonte de inspiração é a natureza, a pintura faz com que eles se sintam parte dela.

Tribo03

Com a inundação da margem, as tribos teriam que se deslocar para regiões próximas e desenvolver um novo meio de agricultura, cultivo e plantio, tendo em vista que desde seus primeiros habitantes eles utilizam o rio como fonte principal no auxílio de suas plantações e cuidado do rebanho.

tribo03

Segundo análise de estudiosos do ocidente, estes consideraram-os como gênios da arte, comparando os traços pintados em suas peles, aos traços das telas de Pablo Picasso e Joan Miró.

Além da perda material, de suas casas e de seus rebanhos, há a preocupação da perda cultural desse povo, que a cada dia vai sendo perdida pelas imposições do governo da Etiópia. O povo tribal continua lutando para que alguém escute seu chamado de socorro.